Bom, então o centro de tudo está na palavra “alterações”. De forma simples e geral, como surgem as mudanças? A fonte de todas as mudanças está na replicação do código genético, o hoje famoso DNA (pensar que esse mecanismo era totalmente desconhecido na época de Darwin...). Essa molécula está presente em todas as nossas células, e carrega dentro dela os gens. Esses últimos contém as instruções para a produção das proteínas, que de modo bem simplista “constroem” o organismo. É por isso que qualquer célula de um corpo possui todas as instruções necessárias para se “construir” outro idêntico. Como quase todo mundo sabe, os organismos estão constantemente multiplicando suas células, fazendo cópias idênticas, e esse é um processo extremamente complexo (e assombroso...). Todos os organismos se iniciam de uma única célula, e um bebê humano ao nascer, por exemplo, tem trilhões delas. Dá pra entender e perdoar a natureza por ocorrerem alguns erros de cópia, não é? (Em células “não sexuais” do nosso corpo, são esses erros de cópia que levam aos diversos tipos de câncer). E isso vale para todas as células, inclusive as sexuais. No caso destas últimas, esses erros (mutações) podem alterar o funcionamento de alguns gens, e aí os organismos gerados à partir dessas células sexuais podem ter alguma característica alterada. Na grande maioria dos casos, essa alteração é imperceptível, sem efeito algum. Mas em certos casos essa alteração prejudica o organismo, podendo torná-lo menos apto a deixar descendentes, e aí esses gens se tornam pouco freqüentes. Ou podem trazer alguma vantagem reprodutiva e se tornar dominantes caso sejam transmitidas aos descendentes (ex: um inseto adquire uma cor mais escura que o torna menos visível aos predadores). Esse maior “sucesso reprodutivo” de organismos portadores de características vantajosas é o que Darwin chamou de Seleção Natural. É o mesmo princípio da seleção artificial realizada por nós, humanos, quando cruzamos o melhor touro com as melhores vacas, ou selecionamos as melhores sementes de milho...mas na natureza a “seleção” é feita pelo ambiente. Os organismos mais adaptados às condições ambientais existentes são “premiados” com uma prole maior...essa é a medida do sucesso na natureza.
Um exemplo real ocorrido na Inglaterra vai ajudar a entender. Uma população de mariposas era formada por 95% de indivíduos claros e alguns de coloração um pouco mais escura (ou seja, esses poucos indivíduos receberam gens mutados que os deixava mais escuros, e isso era uma desvantagem). Eles viviam em um ambiente de fundo claro (tronco das árvores) e portanto os indivíduos mais claros ficavam “camuflados” e menos visíveis aos pássaros (viviam mais, deixavam mais filhos...). A fuligem da Revolução Industrial mudou o ambiente, escurecendo o tronco. Ser mais escuro, de uma hora para outra, passou a ser vantajoso! O gen que estava condenado a desaparecer virou o jogo... Em poucos anos a grande maioria das mariposas eram do tipo mais escuro...o ambiente “selecionou” os vencedores...
O genial e assombroso Darwin faria hoje 200 anos...
Um exemplo real ocorrido na Inglaterra vai ajudar a entender. Uma população de mariposas era formada por 95% de indivíduos claros e alguns de coloração um pouco mais escura (ou seja, esses poucos indivíduos receberam gens mutados que os deixava mais escuros, e isso era uma desvantagem). Eles viviam em um ambiente de fundo claro (tronco das árvores) e portanto os indivíduos mais claros ficavam “camuflados” e menos visíveis aos pássaros (viviam mais, deixavam mais filhos...). A fuligem da Revolução Industrial mudou o ambiente, escurecendo o tronco. Ser mais escuro, de uma hora para outra, passou a ser vantajoso! O gen que estava condenado a desaparecer virou o jogo... Em poucos anos a grande maioria das mariposas eram do tipo mais escuro...o ambiente “selecionou” os vencedores...
O genial e assombroso Darwin faria hoje 200 anos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário